Na Casa do Pai Chico seguimos a filosofia das sete linhas da Umbanda e buscamos o culto aos Orixás de forma a preservar sua ancestralidade e força como divindades africanas. Queremos com isso nos aproximar, cada vez mais, de uma Umbanda negra do que uma Umbanda embranquecida. Nossa casa é de preto velho e com isso não podemos romantizar a história de nossos antepassados sequestrados de África e aqui escravizados. 

A Umbanda é fascinante justamente por vibrar essa força ancestral do culto aos Orixás e por ser tão plural e diversa que acolhe a todos independente de raça, credo ou orientação sexual. Esse fascínio exercido pelos Orixás é o que atrai diversas pessoas em muitos terreiros pelo país a fora e até mesmo ao redor do mundo. 

Todos nós possuímos em nossa cabeça (Orí) uma vibração primordial regida por essa energia advinda dos Orixás e uma das maiores curiosidades observada nos terreiros é sobre como saber qual é o pai ou mãe Orixá que lhe rege. Com o advento da internet, redes sociais e Inteligência Artificial (AI) essa busca se tornou mais frequente e criando armadilhas para os mais leigos que acreditam que podem descobrir sua regência pelo mapa astral, cartas, data de nascimento ou afins. Quer saber quem é você através da sua ancestralidade? Procure um terreiro.

Na sequência iremos apresentar um pouco sobre como entendemos a força dessas divindades em nossa casa. Em cada templo os cultos podem variar, então para além dos Itans e Orikis nos interessa apresentar de que forma essas energias atuam em cada ser humano e os seus possíveis arquétipos. 

Outra observação importante é no que tange as ervas que iremos apresentar, por serem diversas e terem propriedades e funções diferentes, apresentaremos algumas das ervas geralmente associadas aos Orixás correspondentes e linhas não refletindo a vasta variedade de plantas e ervas também associadas aos Orixás, pois também cada casa e fundamento tem o seu entendimento sobre as ervas e sua utilização a depender da orientação de cada espírito manifesto naquela casa.