Abrir uma casa de caridade vai além da vontade de um sacerdote. Não se finda apenas no espiritual, os apetrechos usados pelos guias e pronto o templo está aberto. As necessidades são bem maiores.
A Casa de Umbanda Pai Chico das Almas (CPC) teve sua abertura no dia 25 de novembro de 2018, no mês de aniversário da Umbanda pelo seu dirigente espiritual Pai Thiago D´Ogum. A caminhada espiritual do dirigente da CPC se iniciou em 2011. Foram 03 meses de construção, reforma e adequação do espaço onde hoje abriga a Casa do Pai Chico.
Estar à frente de um grupo de pessoas com personalidades tão diferentes, com anseios tão diversificados e opiniões das mais variadas é uma missão que exige bastante determinação, pois o que une esse grupo com toda certeza é um bem maior e uma única direção: o amor. Além desse trabalho, com estas pessoas, existe a preocupação com o consulente que se afiniza com a energia do dirigente, dos trabalhos por ele conduzido e que vivencia a magia dos espíritos em torno do trabalho mediúnico.
Um templo não se mantém de portas abertas ou em tese não deveria se manter para a ostentação da vaidade e da soberba pessoal, ele precisa ter os fundamentos necessários para que as energias possam ser dissipadas e transmutadas na casa e na gira e por isso a índole, maturidade e caráter de quem o administra precisa estar alinhado com as premissas da Umbanda: amor, humildade e caridade. Sacerdócio não é comércio!
É preciso haver uma distinção entre ambições pessoais e a prática espiritual, essa separação é salutar para o bom funcionamento e andamento de uma casa de fé respeitando os espíritos e a forçados nossos amados Orixás. Neste sentido o respaldo vem dos ensinamentos da filosofia e da premissa do Terreiro Pai Maneco e do seu fundador Pai Fernando de Ogum.
Orientado pelo preto velho ao qual serve, Pai Chico, e do Caboclo Tucuruvu, Pai Thiago aceitou, mesmo que relutante, a missão de abrir mais uma casa de caridade, casa essa calcada nos fundamentos do TPM.
De acordo com Pai Thiago não foi uma decisão fácil de ser tomada: “Há muito vinha refletindo, mas entendo que após longo e intenso período de aprendizado, muita entrega e dedicação, contribuindo sempre com o meu melhor, havia chegado à hora de propagar cada vez mais nossa amada Umbanda”, diz o dirigente.