PRETO VELHO
A Umbanda é uma religião brasileira que nasceu da mistura de diversas tradições espirituais, como o catolicismo, o espiritismo, o candomblé, o xamanismo e outras. A Umbanda acredita na existência de um Deus único e supremo, chamado Zambi, e na comunicação com os espíritos de diferentes níveis de evolução, que se manifestam através da mediunidade dos médiuns.
Uma das linhas de trabalho da Umbanda é a dos Pretos Velhos, que são espíritos de antigos escravos africanos que sofreram muito na vida terrena, mas que alcançaram a sabedoria, a humildade, a caridade e a fé. Eles se apresentam como velhos, com roupas simples, cachimbos, bengalas e rosários, e falam com um sotaque característico, usando termos como “meu filho”, “saravá” e “axé”.
Os Pretos Velhos são mestres da cura, do amor, da paciência e da esperança. Eles atendem a todos que os procuram, sem distinção de raça, credo, classe ou condição. Eles oferecem conselhos, passes, benzimentos, ervas e rezas para aliviar os sofrimentos físicos, emocionais e espirituais dos consulentes. Eles também trabalham na limpeza e na proteção dos ambientes, das pessoas e dos animais.
Os Pretos Velhos são exemplos de superação, de resistência, de fé e de amor. Eles nos ensinam que, apesar das dificuldades da vida, podemos evoluir e nos aproximar de Deus. Eles nos mostram que a simplicidade, a humildade, a caridade e a fé são os valores mais importantes para a nossa felicidade. Eles nos convidam a seguir os seus passos, a ouvir os seus conselhos, a receber os seus abraços e a agradecer as suas bênçãos.
Saravá, meus queridos Pretos Velhos! Salve a Seara de nossa luz maior a estrela de Pai Chico! Que a vossa luz ilumine os nossos caminhos e os nossos corações! Axé!
Amalá: 7 velas branca e preta, tutu de feijão, feijão fradinho, doces naturais como cocada, rapadura. Bebida: cerveja preta, batidinha de coco ou marafo. Fruta: banana prata, também conhecida como banana-maça. Um cachimbo, fumo e cigarro de palha. Flores.
ERÊ
Os Erês na Umbanda são espíritos de crianças ou de adultos que mantiveram a pureza, a alegria, a inocência e a espontaneidade da infância. Eles se apresentam como crianças, com roupas coloridas, brinquedos, doces e balas, e falam com uma linguagem simples, divertida e carinhosa, usando termos como “tio”, “tia”, “amiguinho” e “amiguinha”.
Os Erês são mestres da alegria, da brincadeira, da criatividade e da fé. Eles atendem a todos que os procuram, sem distinção de raça, credo, classe ou condição. Eles oferecem sorrisos, abraços, beijos, brincadeiras, doces e balas para alegrar os corações dos consulentes. Eles também trabalham na harmonização e na proteção dos ambientes, das pessoas e dos animais.
Os Erês são exemplos de pureza, de alegria, de fé e de amor. Eles nos ensinam que, apesar das dificuldades da vida, podemos manter o nosso lado criança, que é o mais próximo do divino. Eles nos mostram que a alegria, a brincadeira, a criatividade e a fé são os valores mais importantes para a nossa felicidade. Eles nos convidam a seguir os seus passos, a ouvir os seus conselhos, a receber os seus carinhos e a agradecer as suas graças.
Salve o Erê Joãozinho da Praia!
Amalá: 7 velas rosa e azul. Balas, pirulitos e doces de qualquer tipo. A bebida pode ser uma refrigerante, de preferência guaraná. Flores coloridas.
EXU
Com a licença da Umbanda pra Quimbanda eu vou virar…
A linha de Exu na Umbanda é uma das mais importantes e complexas da religião. Ela é formada por entidades que atuam como mensageiros, guardiões, executores e protetores dos orixás e dos seres humanos. Exu é o nome genérico dado a essas entidades, que se dividem em diversas falanges, cada uma ligada a um orixá e a uma vibração específica.
A linha de Exu na Umbanda é, portanto, uma linha de grande poder, respeito e mistério, que trabalha para o bem de todos os que a procuram com fé e humildade. Exu é o guardião dos mistérios da vida e da morte, o senhor dos caminhos e das encruzilhadas, o executor da lei divina e o protetor dos filhos de fé. Exu é o amigo fiel, o companheiro leal, o conselheiro sábio e o defensor incansável. Exu é a força que move o mundo, a luz que ilumina as trevas, o fogo que purifica as almas. Exu é a vida em sua plenitude, a alegria em sua essência, o amor em sua expressão. Exu é Exu, e não há nada que se compare a ele.
Quimbanda e Umbanda são duas religiões afro-brasileiras que possuem em comum o culto aos Exus, entidades espirituais que atuam como mensageiros, guardiões e executores das leis divinas. Porém, há diferenças entre as duas religiões, tanto na origem, na doutrina, quanto na forma de lidar com os Exus.
A Quimbanda é considerada uma religião mais antiga, que surgiu da fusão de elementos do candomblé, do catolicismo e da magia europeia. A Quimbanda é baseada na dualidade entre o bem e o mal, e seus adeptos buscam o equilíbrio entre essas forças. A Quimbanda é dividida em sete linhas, cada uma comandada por um Exu e uma Pombagira, que são os polos masculino e feminino da energia. Cada linha tem uma função específica, como a cura, a proteção, a justiça, o amor, etc. Os Exus e as Pombagiras são invocados através de oferendas, velas, pontos riscados e cantados, e trabalham de acordo com a vontade de seus médiuns e consulentes.
A Umbanda é baseada na caridade, na simplicidade e na humildade, e seus adeptos buscam a evolução espiritual. A Umbanda é dividida em sete linhas, cada uma regida por um Orixá, que são as manifestações da divindade suprema, chamada de Zambi ou Olorum. Cada linha tem uma vibração específica, como a fé, a sabedoria, a justiça, o amor, etc. Os Exus e as Pombagiras fazem parte da sétima linha, chamada de Linha de Santos e Almas, que é a linha de encontro da Umbanda com a Quimbanda. Os Exus e as Pombagiras são invocados através de oferendas, velas, pontos riscados e cantados, e trabalham de acordo com a lei divina e o merecimento de seus médiuns e consulentes.
Portanto, podemos perceber que a Quimbanda e a Umbanda têm em comum o respeito e a admiração pelos Exus e as Pombagiras, mas se diferenciam na forma de compreender e se relacionar com essas entidades. A Quimbanda vê os Exus e as Pombagiras como aliados que podem ajudar a resolver os problemas materiais e espirituais, enquanto a Umbanda vê os Exus e as Pombagiras como guardiões que podem auxiliar na limpeza e na proteção dos trabalhos espirituais. Ambas religiões reconhecem a importância e a necessidade dos Exus e das Pombagiras, e valorizam a sua sabedoria, a sua força e a sua alegria.
Amalá: 7 velas vermelhas e pretas. Farofa de milho com bastante pimenta e cebola coberto com azeite de dendê. O recipiente pode ser, no caso dos exus, um alguidar de barro. Bebida: marafo. 7 charutos. Se quiser flores vermelhas, de preferência o cravo.
POMBA GIRA
As Pombas Giras são entidades espirituais que trabalham na Umbanda, uma religião brasileira que mistura elementos africanos, indígenas e cristãos. Elas fazem parte da chamada Linha de Esquerda, que é composta por espíritos que atuam na lei do equilíbrio, da justiça e da transformação. Elas são responsáveis por despertar e cultivar o amor próprio e o amor pela criação divina em todos os seres.
As Pombas Giras se apresentam como mulheres sensuais, alegres, livres e poderosas. Elas usam roupas vermelhas e pretas, cores que simbolizam a paixão e a força. Elas também gostam de adornos dourados, que representam o ouro e a prosperidade. Elas costumam usar saias rodadas, véus, lenços, colares, brincos, pulseiras e anéis. Elas também se enfeitam com flores, perfumes e batons. Elas são muito vaidosas e gostam de se cuidar e de se valorizar.
As Pombas Giras são conhecidas como as bruxas do amor, pois elas têm o dom de atrair, seduzir e conquistar quem elas querem. Elas também ajudam as pessoas que sofrem por amor, que precisam de harmonia nos relacionamentos, que querem encontrar um parceiro ou uma parceira, que querem se livrar de amores negativos ou que querem se reconciliar com alguém. Elas também atuam na área da sexualidade, da saúde, da autoestima, da criatividade e da alegria de viver.
As Pombas Giras não são todas iguais. Elas têm personalidades, histórias, nomes e funções diferentes. Elas se dividem em várias falanges, que são grupos de espíritos que trabalham sob o comando de uma Pomba Gira mais antiga e experiente. Cada falange tem uma característica, uma missão e uma forma de atender aos pedidos das pessoas.
Amalá: 7 velas vermelhas e pretas. Farofa, vinho branco ou rose, cigarro entregue com a carteira aberta e alguns puxados pra fora. Uma caixa de fósforos e rosas vermelhas.