Trono da Justiça, Verdade e Razão.
Xangô é o Orixá do Direito e sua área predileta de atuação é a lógica, estimulando nos entes o senso de harmonia e equidade, já que só esclarecido e acordado para os verdadeiros valores da vida a evolução se realiza em fluir incessante.
Ancestral, Soberano do Direito, Monarca das Rochas. Falando em rochas, ama juntar pedras. Xangô é o Deus do Direito e seu poder está nas rochas, exercendo um impacto muito grande em seus filhos, principalmente o Direito. Todos os Orixás, claramente, são justos, e transmitem esta emoção aos seus filhos, porém com os filhos de Xangô o Direito deixa de ser uma qualidade para virar uma fixação, o que faz de seus filhos um padecedor, principalmente porque o critério do Direito é o seu veredicto, e não o do Direito Divino, quase sempre distinto do nosso que é muito terreno. Esta avaliação é muito relevante. Os filhos de Xangô apresentam um tipo sólido, vigoroso, confiante e totalmente severo. Suas feições, mesmo a jovem, apresentam uma senilidade antecipada, sem lhes tirar, de modo algum, a formosura ou o contentamento. Têm conduta ponderada. São incapazes de dar um passo maior que a perna e todas as suas posturas e decisões baseiam-se na confiança e solo firme que gostam de pisar. São acanhados no contato com o próximo, mas assumem facilmente o domínio do comando. São orientadores, e não gostam de ser contestados, podendo facilmente sair da tranquilidade para a agressividade, mas tudo avaliado, planejado e organizado. Acalmam-se com a mesma facilidade quando sua opinião é acatada. Não guardam mágoa. Vestem-se com moderação e seus trajes seguem o padrão clássico. Quando os filhos de Xangô conseguem balancear o seu senso de Direito, transferindo o seu próprio julgamento para o Julgamento Divino, cuja pena não nos é permitido saber, tornam-se pessoas admiráveis e amáveis. O receio de cometer injustiças muitas vezes atrasa suas decisões, o que, ao contrário de lhes prejudicar, só lhe traz vantagens. O grande defeito dos filhos de Xangô é julgar os outros. Se aprender a dominar esta particularidade, torna-se um legítimo representante do Ancestral, Soberano do Direito, Monarca das Rochas.
COR: Marrom
AMALÁ: 7 velas marrons, charuto, cerveja preta servida em casca de maracujá, quiabo, abóbora cozida com semente. Frutas podem ser servidas também, de preferência o caqui ou abacaxi (com casca). Flores.
ENTREGA: Na pedreira ou sobre uma pedra grande e bonita.
ERVAS: Folhas de Limoeiro, Lírio Branco, Folhas de Café, Erva de São João.